Memórias...

E hoje partiu um dos chefes de culinária que mais me inspiraram em criança, o Chef Silva. 

A minha avó coleccionava as teleculinárias todas, desde a número 1, e eu desde pequenina adorava ver estas revistas. Ganhei o gosto também por comprá-las e de coleccioná-las para mais tarde fazer novas experiências.

O gosto que ganhei pela culinária deveu-se a este chefe, à minha avó Xana e à minha mãe. Cada um da sua maneira, fez com que me tornasse completamente apaixonada pela cozinha e por gostar de criar novos pratos e de alimentar amigos e família com belas iguarias.

Só entrei para a escola com 6 anos e sempre fiquei com a minha avó. Todos os dias ficava ao pé dela na cozinha a 'cheirar' um prato novo, com sabores que ela trouxe de África e muitas influências da cozinha indiana. Ela fazia o melhor pudim de leite condensado, o melhor arroz doce e o melhor caril de gambas e caranguejo que já comi. Quando lhe pedia a receita, ela dizia que fazia sempre a olho, sem medidas, numa panela que trouxe de Moçambique bem velhinha! Seria esse o segredo? 

Da minha mãe, ganhei a rapidez, a organização e a destreza de preparar uma refeição em 30 minutos para 5 ou mais pessoas e de não deixar a cozinha de pantanas.

E hoje relembro a minha avó Xana e o Chef Silva com tanto carinho! Um grande beijinho também para a minha mãe que me deu tantas ferramentas para ser quem sou hoje!

Quis o destino que a minha avó falecesse na semana antes de eu me mudar para Singapura, e assim consegui despedir-me dela! Um até já!

A minha avó Xana e a minha mãe em bebé. A Baby M. é super parecida com ela, não acham?